IOTA e os benefícios para a medicina.
A medicina fetal é uma área em constante evolução. Nesse contexto, o IOTA (International Ovarian Tumor Analysis) emerge como um avanço significativo na caracterização de massas anexiais, trazendo benefícios essenciais para a prática clínica obstétrica.
Desenvolvido e validado com base em dados de pacientes encaminhados para exames de ultrassom em centros participantes, o modelo ADNEX do IOTA oferece uma ferramenta valiosa para distinguir tumores benignos, borderline e malignos, auxiliando os profissionais de saúde na tomada de decisões precisas e estratégias de tratamento individualizadas.
O modelo ADNEX foi desenvolvido e validado utilizando dados dos conjuntos de dados das fases 1 a 3 do IOTA, consistindo em pacientes prospectivamente coletados que foram encaminhados para exame de ultrassom em um dos centros participantes devido a uma massa anexial conhecida ou suspeita. Os critérios de inclusão envolviam pacientes com pelo menos uma massa anexial que não fosse considerada um cisto fisiológico e que fossem selecionadas para intervenção cirúrgica de acordo com os protocolos locais. Os critérios de exclusão eram recusa em fazer ultrassom transvaginal, gravidez no momento da apresentação e intervenção cirúrgica realizada mais de 120 dias após o exame de ultrassom. Este modelo, consiste em três preditores clínicos e seis preditores de ultrassom. Os preditores clínicos são:
- Idade (anos),
- Nível sérico de CA-125 (U/mL)
- e tipo de centro para o qual o paciente foi encaminhado para exame de ultrassom.
Os preditores de ultrassom incluem o diâmetro máximo da lesão (mm), proporção de tecido sólido (%), número de projeções papilares (0, 1, 2, 3, >3), presença de mais de 10 locais císticos (sim/não), sombras acústicas (sim/não) e presença de ascite (sim/não).
Sendo uma das ferramentas de suma importância, disponível na plataforma ULTRAHEALTHCARE, o modelo ADNEX pode ser usado clinicamente para auxiliar no planejamento do manejo de tumores anexiais. O modelo fornece informações sobre o risco relativo de diferentes tipos de tumores malignos, permitindo uma estratégia de tratamento mais individualizada. Pode ajudar a identificar tumores metastáticos secundários e auxiliar no planejamento de investigações adicionais. Para tumores borderline ou em estágio inicial, o modelo pode auxiliar na decisão de realizar procedimentos conservadores para preservação da fertilidade. O uso do marcador CA-125 é opcional, mas pode melhorar a diferenciação entre subtipos malignos.
Referências: Timmerman et al (Ultrasound in Obstetrics and Gynecology 2000; 16:500-505)
Dr. Roberto Noya Galluzzo
Residência em Ginecologia e Obstetrícia. Especialista em Medicina Fetal pela FEBRASGO. Mestre em Ciências Médicas pela UFSC.
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